segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saudade...


Tem dias que a saudade bate forte, e eu, sinceramente, não sei onde escondê-la. Pensando bem, estar tão ocupada esses dias tem seu lado positivo, sobra menos tempo para dar asas à saudade que de vez em quando insiste em me procurar. Apesar do tempo e dos rumos que tomaram as nossas vidas, sinto sua falta. Mas sei que tudo vai se encaixar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Reencontro


      Ela esperava incansavelmente por respostas. Dois anos se passaram desde o último encontro, o dia em que ele precisou partir, e em silêncio, prometeu voltar.
     De repente a campainha toca, já era tarde, com um pouco de receio, olhou pelo olho mágico da porta, mal podia acreditar, com os olhos cheios de lágrimas abriu e porta, pulou em seus braços e o abraçou.
     Durante alguns instantes nada foi dito, o calor dos braços entrelaçados falava mais do que qualquer palavra.
     Não quiseram saber de dar explicações, nem importava mais o que tinha acontecido nos últimos tempos, esqueceram a razão, e o coração só pedia que aquela sensação de conforto durasse o tempo que fosse justo.


E me deixando solta
Mas me prendendo tanto,
Que para me ganhar
É só olhar no meu olhar...” 
(Greice Ive)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sossega...


Sinto como se estivesse perdendo o controle da situação. É como dizem por aí, sensação de nadar, nadar e morrer na praia. Foram dias e dias pensando, imaginando e planejando, detalhe por detalhe. Mas como disse Chico Buarque em uma de suas belíssimas músicas: “Eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá”.
Eu estava voltando da faculdade um dia desses e olhando o mar, acabei comparando projetos com castelos de areia. Você já parou para pensar a dificuldade de se construir um castelo de areia? Você chega a lutar contra o vento, contra os cachorrinhos que passam e brincando pulam sobre seu castelo, até mesmo nas pessoas, que sentem prazer em destruir castelos alheios. Mas, mesmo assim, você não desiste, e o constrói.
Mas, eis que entra o mar nessa história, porque naturalmente a maré vai subir, e vai levar com ela o seu castelo. Tempo e paciência jogados fora.
Eu sabia que estava construindo em terreno que não era seguro, mas sabe aquele pensamento que diz que a esperança é a última que morre? Ou foi só teimosia mesmo. Não sei. Chato mesmo é ter que assumir que insistiu em um erro, por tanto tempo.

"Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico."



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A morte de (mais) uma ilusão

Não é fácil aceitar a morte de uma ilusão. Mais difícil ainda é se dar conta do tempo dedicado à uma história que nunca existiu, que aliás, sempre foi uma fantasia.
Não é o momento exato para distribuir culpas, pesos, mágoas.
Às vezes é preciso receber um balde de água fria para acordar de um sonho,  se despir das ilusões e poder enfim, acreditar na mais pura realidade.
Como eu já disse, o momento não é para culpas, mas sim, fazer uma viagem interior para entender e justificar os fatos.
E o fato é que, vivemos em uma intensa guerra, onde o objetivo principal é não sair machucado de cada batalha.
Eu vesti o meu escudo e corri para a luta, não quis fugir, resolvi lutar e usar de todas as minhas armas para vencer. Fiz tudo aquilo que estava ao meu alcance.
Decidi então, que não queria mais ganhar, queria chegar junto, dividir a vitória.
Procurei ver além do meu escudo, quer dizer, eu quebrei o meu escudo, e sabe o que vi do outro lado? A REALIDADE!
Percebi que o erro estava exatamente ali, no meu escudo. Eu o construí a base de ilusões, projetei a perfeição, excesso de qualidades, ausência de defeitos. Não me dei conta de que estava lutando da maneira errada, resultado? Bandeira branca!
O medo me fez criar esse escudo, o medo de sair machucada machucou ainda mais. Não quero mais escudos como esse. Se pudesse, tiraria o medo de campo.


"Agora esquece essa impulsão,
que a vida acende o candelabro da razão..." (Vander Lee)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fugir ou não?


Levantou-se ainda era madrugada, mais uma noite mal dormida.
Ela não saía se seus pensamentos. Seguiu até a varanda do seu quarto, onde permaneceu até o nascer do sol.
Pensou em tudo que estava acontecendo, e mais uma vez, não encontrou a resposta que queria, ele não encontrava um só motivo que justificasse a partida dela.
Estiveram juntos por pouco tempo, porém, tempo suficiente para que encontrasse nela toda segurança do mundo, e ao mesmo tempo, protegê-la e ser o seu porto seguro. Mas ela partiu, sem explicações.
Talvez ele nunca saiba, mas havia um motivo. Ela não conseguia se libertar de uma experiência em que saiu machucada. Já se sentia muito ligada a ele e tinha medo, medo que a história se repetisse, medo de amar novamente, por isso partiu.
Fugiu dos seus sentimentos, essa história podia lhe trazer muita felicidade!
Ou não!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Até logo, mais uma vez...

     Não quero que pareça que não dou valor às oportunidades que recebo, pelo contrário, agradeço a Deus todos os dias por poder investir no meu futuro, e agarro isso com todas as minhas forças. Mas, não é fácil refazer as malas e ir embora, deixando familiares, amigos e levando saudade.


     Um dia, quando me levava para a rodoviária, minha mãe me disse uma frase que nunca esqueço, eu estava calada e com um nó na garganta, sabendo o motivo do meu silêncio ela me disse: Lai, nós que somos do interior, quando mudamos de cidade em busca de estudo ou trabalho temos uma vantagem – Olhei para ela demonstrando não entender, ela continuou – É que se nada der certo por lá, a gente tem sempre pra onde voltar.

     Procuro pensar nisso a cada partida, sei que vou com a sensação de que falta um pedacinho de mim, mas na mente a certeza que em cada volta sou recebida de braços abertos por aqueles que mais amo no mundo. E é essa certeza que me faz acreditar que tudo vai valer à pena.


“Eu vou fechar os meus olhos e ver a pérola que a vida trouxe pra mim”

(Natiruts)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Começar faz bem

Bom... Certa vez me disseram que pessoas que costumam falar pouco têm maior facilidade em escrever, talvez esse seja o maior motivo que me levou a criar esse blog.
Na verdade, sempre gostei de escrever, criar histórias e personagens, misturar o real com o fictício, mas, os textos sempre acabavam esquecidos em cadernos velhos, ou totalmente picotados e com destino certo: o lixo.
Não tenho a intenção de fazer textos bem elaborados, até porque, não tenho grande talento para isso. A minha real intenção é escrever onde e quando estiver afim, sobre assuntos diversos. Servirá como desabafo, refúgio, sei lá. Vou esperar para ver até onde vai.