segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A morte de (mais) uma ilusão

Não é fácil aceitar a morte de uma ilusão. Mais difícil ainda é se dar conta do tempo dedicado à uma história que nunca existiu, que aliás, sempre foi uma fantasia.
Não é o momento exato para distribuir culpas, pesos, mágoas.
Às vezes é preciso receber um balde de água fria para acordar de um sonho,  se despir das ilusões e poder enfim, acreditar na mais pura realidade.
Como eu já disse, o momento não é para culpas, mas sim, fazer uma viagem interior para entender e justificar os fatos.
E o fato é que, vivemos em uma intensa guerra, onde o objetivo principal é não sair machucado de cada batalha.
Eu vesti o meu escudo e corri para a luta, não quis fugir, resolvi lutar e usar de todas as minhas armas para vencer. Fiz tudo aquilo que estava ao meu alcance.
Decidi então, que não queria mais ganhar, queria chegar junto, dividir a vitória.
Procurei ver além do meu escudo, quer dizer, eu quebrei o meu escudo, e sabe o que vi do outro lado? A REALIDADE!
Percebi que o erro estava exatamente ali, no meu escudo. Eu o construí a base de ilusões, projetei a perfeição, excesso de qualidades, ausência de defeitos. Não me dei conta de que estava lutando da maneira errada, resultado? Bandeira branca!
O medo me fez criar esse escudo, o medo de sair machucada machucou ainda mais. Não quero mais escudos como esse. Se pudesse, tiraria o medo de campo.


"Agora esquece essa impulsão,
que a vida acende o candelabro da razão..." (Vander Lee)

3 comentários:

  1. Tão bom viver de ilusão... mas a queda é grande!

    Obrigada pela visita, volte sempre!

    Que seja doce!

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  2. adorei o texto Lai,
    acho que às vezes o medo domina a gente e bloqueia qualquer alternativa pra sair de uma prisão.. a prisão que nós mesmos criamos..
    acho que a guerra vai sempre seguir em frente.. cabe a gente querer acompanhaá-la ou naão..
    encontrando a paz dentro da gente =)

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